
Pipoca Lunar: Interestelar e o Buraco de Minhoca
Primeiro, eu quero desejar a todos um feliz 2021, muito amor e muita luz nesses dias que estão para vir. Quero dizer também, que esse ano nós estamos preparando coisas lindas para o blog, então fiquem atentos!
Para começar o ano com o pé direito, nós, da irmandade da lua resolvemos fazer a semana no mundo da lua – puxando o tema graças ao dia do astronauta, que é comemorado no dia 09/01 – e eu resolvi falar sobre Interestelar, que é, de longe meu filme favorito sobre a temática “viagem espacial”.
E eu digo com convicção, que eu sou uma pessoa entendida sobre esse assunto – é, eu gosto de filmes de ficção e viagens pela galáxia. Além de ter um dos meus atores favoritos, sua direção também é feita por um diretor talentosíssimo e claro o desenvolvimento vai longe de tudo o que eu já assisti nesse quesito.
Talvez se a gente assiste a primeira vez, sem prestar muita a atenção, podemos nos sentir perdidos em algum ponto do filme, mas também – e mesmo que você tenha prestado toda a atenção e entendido direitinho – é um daqueles filmes que a gente assiste uma, duas, três e quantas vezes der vontade ou estiver passando aleatoriamente pela televisão.
Então coloquem suas roupas espaciais e vamos juntos nessa viagem por nosso post de hoje!
A Grande Mente Christopher Nolan
Você, mesmo que não goste de filmes de viagens pelo espaço, COM certeza, já ouviu falar do diretor, roteirista e produtor Christopher Edward Nolan, ou só Christopher Nolan, nascido em 30 de julho de 1970, Londres, Inglaterra.
Considerado um dos diretores mais bem sucedidos de Hollywood, está por trás de grandes produções como: a trilogia Batman The Dark Knight (2005–2012) – Begins, O Cavaleiro das Trevas, O Cavaleiro das Trevas Ressurge – protagonizado por Christian Bale. A Origem (2010), com o maravilhoso Leonardo DiCaprio. O Homem de Aço (2013), com Henry Cavill. E, um dos mais recentes e igualmente maravilhoso, aos outros títulos citados e não citados, Tenet (2020) com Robert Pattinson (Um dos melhores filmes que eu tive a chance de assistir em 2020, recomendo, inclusive, pensando em falar sobre ele, em um futuro não muito distante)
Em 2014, Christopher chega com tudo, com o filme de ficção Interestelar, estrelado por um elenco, no mínimo impecável, com nomes como Matthew McConaughey (que é um dos meu atores preferidos do mundo todo), Anne Hathaway (que está na lista das minhas atrizes preferidas também), Jessica Chastain (outra com uma carreira brilhante), Matt Damon (Não tem nem o que falar sobre o Matt, não é?) e Michael Caine (ícone atemporal).
A união desse elenco e dessa direção não podia ser diferente foi sucesso na certa. Nolan, além de dirigir, fez parte do time de produção, junto com sua esposa Emma Thomas e com Lynda Obst, e no roteiro com seu irmão Jonathan Nolan e ainda tiveram o físico teórico Kip Thorne como consultor científico e produtor executivo – seu trabalho inspirou o filme.
A produção foi co-financiada pela Warner Bros, Paramount Pictures e Legendary Pictures e Christopher contratou como diretor de fotografia Hoyte van Hoytema. As filmagens de toda a trama foram no formato 35 mm (utilizada também nas primeiras experiências de cinema) e também IMAX 70 mm. Deixando o filme com um toque mais que especial.
O filme recebeu cinco indicações ao Oscar de 2015. Melhores Efeitos Visuais, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhor Direção de Arte, tendo vencido na categoria de Melhores Efeitos Visuais. (Mesmo eu achando que faltou ali uma indicação de melhor ator e de melhor atriz coadjuvante)
Interestelar e a viagem pelo buraco de minhoca.
Sinopse: “Após ver a Terra consumindo boa parte de suas reservas naturais, um grupo de astronautas recebe a missão de verificar possíveis planetas para receberem a população mundial, possibilitando a continuação da espécie. Cooper (Matthew McConaughey) é chamado para liderar o grupo e aceita a missão sabendo que pode nunca mais ver os filhos. Ao lado de Brand (Anne Hathaway), Jenkins (Marlon Sanders) e Doyle (Wes Bentley), ele seguirá em busca de uma nova casa. Com o passar dos anos, sua filha Murph (Mackenzie Foy e Jessica Chastain) investirá numa própria jornada para também tentar salvar a população do planeta”.
Lendo a sinopse, a gente pensa logo que “é só mais um filme igual aos outros do gênero de ficção científica” e esse é o pior pensamento que a gente pode ter, como começa a acompanhar a trama.
Pragas nas colheitas, ar árido e com muito pó, devido as grandes queimadas e destruição da vegetação e de grande parte da flora mundial, fizeram a civilização humana regredir para uma sociedade agrária e temer todos os dias o que seria do futuro – já que essa aridez, ar cada vez menos puro e todas as consequências já estava contaminando a população, com doenças, fome e brigas por território. (E a gente fica assustado com como não estamos longe de viver esse cenário)
Cooper, que é ex-piloto da NASA, tem uma fazenda onde mora com a sua família. Ele tem uma filha de dez anos, Murphy, que acredita que seu quarto está assombrado por um fantasma que tenta se comunicar com ela – fazendo pequenas mudanças dos objetos, e até mesmo desorganizando sua prateleira de livros.
Juntos, Pai e filha observam as ações do “fantasma” e descobrem que aquela interação é uma inteligência desconhecida, que está enviando mensagens codificadas através de radiação gravitacional. Eles acreditam que essa inteligência está deixando coordenadas em binário, e essas informações os levam até uma instalação secreta da NASA liderada pelo professor John Brand.
O cientista revela que um buraco de minhoca foi aberto perto de Saturno (eu acho essa informação super divertida, talvez, e só talvez, porque eu acho todo esse lance de buraco de minhocas muito misterioso e interessante) que funciona como um “portal” para planetas que podem oferecer condições de sobrevivência para a espécie humana – similares ao do nosso planeta terra!
Anos antes daquele encontro de Cooper com Brand, as “missões Lázaro” foram enviadas e identificaram três planetas potencialmente habitáveis orbita do o buraco negro e que foram nomeadas em homenagem aos astronautas que os pesquisaram, sendo eles Gargântua: Miller, Edmunds e Mann
John então resolve recrutar Cooper para ser piloto da nave espacial de nome:Endurance. E junto com uma equipe, recuperar os dados dos outros astronautas, das missões passadas. As informações são importantes, pois, se um dos planetas se mostrar habitável, a humanidade estará “salva” e irá seguir para ele na instalação da NASA – Uma enorme estação espacial.
A partida do pai devasta Murphy e deixa a menina por anos magoada com aquilo. Para quem tem uma noção básica sobre a teoria do buraco de minhoca – oi, eu rs – sabe que uma das principais aplicações teóricas é a de viagem no tempo, uma vez – que nesse pensamento – os buracos servem como atalhos que conectam diferentes pontos do espaço tempo, transportando assim, para um lugar e tempos diferentes aos quais se encontrava quando adentrou.
E claro, Cooper e Murphy sabiam que as chances do pai voltar, depois de viajar no tempo, e reencontrar os filhos, era de uma fração extremamente pequena. E é aí que a trama começa a ficar boa.
Uma das coisas que eu mais gosto no filme é o fato de passar os dois pontos de vista do acontecimento, tanto de Cooper e a tripulação, tentando finalizar com êxito a missão, quanto de Murphy, que segue na terra, vira uma mulher adulta e continua trabalhando para tentar achar uma resposta e uma saída para a população mundial, que a essa altura estava indo de mal a pior.

Enfim, sem mais spoilers – se é que isso é possível – é um filme visualmente agradável, bonito e bem acabado, com um elenco que honra a atuação que é esperada deles e com uma direção excelente, cada pecinha no seu lugar, cada lacuna preenchida e cada resposta dada.
Há quem ache que esse é um defeito do filme, pois ele não instiga o telespectador, quanto às respostas não dadas no final de tudo, mas na minha humilde opinião – de quem, como eu já disse outras vezes, não tenho formação em nenhuma área do cinema, muito menos instrução técnica e gradual para ser uma crítica da sétima arte – é uma das coisas que mais gostei, sair da sala de cinema (sim eu assisti essa coisa linda no cinema) com tudo amarradinho, todas as pontas soltas, amarradas.
Para quem não é fã de produções que a gente faz mil e uma teorias e depois não temos resposta de nenhum lugar para nenhuma delas, essa é uma indicação excelente!
Assista ao filme
Claro, que se eu, indico até os filmes ruins nos meus posts, não poderia, não indicar esse que é um dos meus filmes preferidos de todos os tempos. Ele está disponível em algumas plataformas de stream e canais de TV por assinatura.
Looke: https://www.looke.com.br/filmes/interestelar
Google Play: https://play.google.com/store/movies/details?id=LpdTsygor0A
Apple TV: https://tv.apple.com/br/movie/interestelar/umc.cmc.1vrwat5k1ucm5k42q97ioqyq3
Youtube movies: https://www.youtube.com/watch?v=LpdTsygor0A
NOW Online: https://www.nowonline.com.br/filme/interestelar/360820
E nessa semana no mundo da lua, já temos o post da nossa querida Sel, não deixem de ler https://lunestation.com/over-the-moon-a-lenda-da-deusa-da-lua-e-seu-amor/, e ainda essa semana teremos o post da Art, que também está incrível – Esse é um post para quem gosta de spoilers rs.

